Trabalho
de Catarina Bernardes (6ºB)
No ano de 1974, a minha tia tinha 9 anos
e no dia 25 de abril estava num passeio escolar para uma visita ao aeroporto. A
minha avó acompanhava-a quando ouviram no rádio do autocarro, por volta das
9/10 horas da manhã, que decorria uma revolução em Lisboa.
Perante a notícia ouvida na rádio, o
autocarro parou para que as pessoas tivessem a possibilidade de telefonar aos
seus familiares, sabendo mais notícias e tranquilizando os mesmos. Os que
estavam no autocarro ficaram indecisos face à continuação do passeio, pois
tinham medo que acontecesse alguma coisa, mas decidiram prosseguir.
Quando chegaram ao aeroporto de
Pedras Rubras (atualmente aeroporto Francisco Sá Carneiro) depararam-se com um
grande aparato de militares que tinham o aeroporto fechado para que ninguém
entrasse.
O resto do passeio decorreu dentro
da normalidade até Valença do Minho.
Nesta época, apesar de ter havido
problemas nas fábricas e com os proprietários de terrenos agrícolas e casas
arrendadas, os dias seguintes foram vividos normalmente. Diziam que os pobres
podiam ficar com os bens das pessoas mais abastadas, então uma inquilina de
uma das casas que a minha bisavó tinha, veio a Santa Maria da Feira para tentar
tornar-se proprietária.
Entrevista à
minha avó:
1-Como
é que soube do acontecimento?
Através
do rádio do autocarro em que íamos em passeio.
2-Quais foram os
momentos mais emocionantes desse dia?
Quando cheguei ao aeroporto e este estava
interdito para visitas com bastantes militares à porta.
3-Como é que as
pessoas reagiram?
Ficámos indecisos, porque não sabíamos se
continuar ou não o passeio.
4-Como foram
vividos os dias que se seguiram à revolução?
Os dias seguintes decorreram com
normalidade porque o acontecimento ocorreu com paz.
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