Conhecer o Passado para entender o Presente

"Entrar na História" é o nome deste blogue. Pode significar abrir a porta e entrar no tempo que nos antecedeu. O tempo dos nossos avós... e dos avós dos nossos avós. De todos aqueles que construíram a terra onde vivemos.
Temos o dever de continuar a obra que nos deixaram, dando o nosso contributo para melhorar o que deve ser melhorado. Fazer da nossa terra um lugar mais agradável para viver.
Não se pode melhorar o presente se não o conhecermos. E para compreender o presente temos de conhecer o passado.
É o que este blogue te propõe: vamos investigar a história da nossa terra, para a conhecermos melhor.

Aproveitem!

Aproveitem!

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Santa Maria da Feira: vestígios históricos mais antigos

Trabalho de pesquisa realizado pelo aluno Manuel Afonso, do 5ºA:

Massacre da Arrifana na segunda invasão francesa

Trabalho de pesquisa realizado pelos alunos do 6ºA: Vasco Cayolla e Rafael Pais:

A Torre dos Clérigos

Vídeo disponibilizado pela Mariana Silvares (6ºA)

A Arte Barroca no Porto: Torre dos Clérigos e outros monumentos

Pesquisa realizada pelas alunas do 6ºA: Mariana Fernandes e Vitória

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

O Castro de Romariz

A aluna Carolina Pinto, do 5ºA, realizou um trabalho de pesquisa muito interessante sobre um importante vestígio da presença de povos agropastoris na nossa região.

terça-feira, 3 de junho de 2014

História da Fogacinha

A Margarida Jardim e a Maria Leonor apresentaram à sua turma (5ºA) um vídeo em cuja elaboração participaram quando frequentaram o 1º ciclo. Trata-se de uma animação que nos conta a história que está na origem da tradição das fogaceiras.

quinta-feira, 29 de maio de 2014

A Guerra Colonial (vista e vivida pelo tio avô da Luzia do 6ºA)

A GUERRA COLONIAL
(contada pelo meu Tio Avô João Carlos)

Nos anos 60, rebentou a guerra nas Colónias Portuguesas em Áfric
O nosso governo decretou que todos os cidadãos saudáveis eram obrigados a prestar serviço militar.
Um edital na junta de freguesia indicava quais os mancebos e o local onde deviam ser inspecionados para prestar o serviço militar. Aptos, lá iam os jovens para um quartel aprender a manejar armas e fazer preparação física. Aqui, eram escolhidos os melhores, para integrarem as tropas de elite.
No caso do Exército, havia os Comandos e os Rangers, na Marinha, os Fuzileiros e na Força Aérea os Pára-Quedistas.
A preparação consistia em longos “crosses”, muitas aulas, prática de tiro e lançamento de granadas. Após estes cursos, estávamos preparados para o embarque.

No Cais de Lisboa, navios como o ‘’Niassa’’ e ‘’Uige’’, que foram transformados para esse fim, levaram-nos até África, para as nossas colónias.
Viagens de sonho... o mar alto lindo, lindo…
Dentro do navio, tudo era como se fosse em terra. Levantar cedo, tomar o pequeno almoço, formar, uma breve palestra e toca a jogar cartas nas salas de navio; almoço, mais tarde formar novamente, palestra e destroçar para ir jantar e, finalmente, dormir.
Muitos dias, sempre iguais, até chegar ao local de desembarque. Neste caso, a Guiné, que fica a oito dias de viagem de navio a partir de Lisboa.
O desembarque era efetuado com muitos cuidados porque estávamos em zona de guerra. Aqui o cenário é diferente. A paisagem, a população e o clima. Até o ar que respiramos é diferente, mas tudo lindo, maravilhoso …
A população que esperava por nós, como garante da sua segurança, fez questão de receber os soldados com pompa. A avenida por onde desfilamos estava cheia de gente, bandeiras nacionais bem erguidas e o chão, imagine-se, coberto de panos muito coloridos e com cores bem garridas. Muitos gritos e cantares africanos que muito nos comoveram. Bem, mas não foi para festas que viemos para aqui  …
Agora vai uma companhia para aqui, outra para ali, outra para acolá e toca a andar.
A nossa principal missão era dar segurança às populações e criar com elas laços de amizade para que elas tivessem confiança em nós.
 Era para nós mais seguro ter os indígenas do nosso lado mas, de vez em quando, lá vinha a guerra.
 Quando era dado alerta de ataque a “Tabancas” (grupo de palhotas) e, noutros casos, em que o inimigo tomava conta de aldeias maiores, tínhamos que lá ir desalojá-los. Claro que isto implicava usar a força das armas. Tiros de um lado, tiros do outro, lá acabava por morrer sempre alguém. Do nosso lado tínhamos mais meios para socorrer os feridos do que do outro. Havia helicópteros que nos prestavam logo apoio. Era esta a rotina a que nos habituamos durante meses e meses…

Nas horas em que o inimigo nos dava “folga”, curtíamos o clima maravilhoso que África tem. Muito calor. Mas quando há chuvas elas são fortes e quando há trovoada é de meter medo.
As aldeias, as paisagens, os rios, os pássaros, e os macacos, são de nos deixar pasmados. No que respeita a animais havia na Guiné o macaco (várias raças), o chimpazé, poucos tigres e algumas “pacaças” (da espécie das gazelas).
Na agricultura, trabalhavam as mulheres, enquanto os homens fumavam e abrigavam-se do sol debaixo das árvores. Havia arroz, amendoim, mangas, laranja e pouco mais. As mulheres transportavam os filhos às costas.
Entretanto a guerra não parava. Os terroristas iam evoluindo e atacavam algumas cidades pela calada da noite. Dão mais trabalho aos nossos soldados que têm que dar segurança às populações  durante a noite.
Vai passando o tempo…
Os soldados, conforme os meses iam passando, preparavam o seu regresso a casa. Iam comprando recordações como tapetes, rádios, máquinas fotográficas, alguns pássaros e até macacos. Estavam todos ansiosos pelo regresso.
Ordem de embarque. No cais da Guiné fazem-se as ultimas despedidas aos amigos que lá deixamos. As lágrimas misturam-se, são as de alegria pelo regresso a casa e são aquelas pelos que, embora de outra cor, lutaram ao nosso lado e sofreram tanto como nós.
O corpo treme, a voz começa a ficar rouca pelos cânticos e vivas que se trocam com a população. O navio enche, há um apito longo, é o sinal que o navio vai largar.
E África fica para trás, desaparecendo no horizonte… dando lugar às recordações.
Mais oito dias de viagem, agora como “turistas”, comer, dormir e jogar às cartas.
Até que enfim, entramos no Tejo. O navio atraca. Os soldados atiram-se aos seus familiares. Há lágrimas por todo o lado, dos soldados e seus familiares. Felizes porque regressaram e felizes porque cumpriram o seu dever: SERVIR A PÁTRIA


Trabalho realizado por Luzia Lima, 6ºA

quinta-feira, 22 de maio de 2014

O castelo da Santa Maria da Feira

Eis a pesquisa efetuada pelos seguintes alunos do 5ºA: Rafael Pais e Vasco Cayolla. O seu objetivo foi conhecer melhor a história do mais importante monumento do nosso concelho e um dos mais relevantes do património histórico português. Parabéns a estes dois alunos. Realizaram um trabalho muito interessante.

As Fogaceiras: tradição com cinco séculos

A Mariana Fernandes e a Vitória, alunas do 5ºA, realizaram uma excelente pesquisa sobre a festividade mais importante de Santa Maria da Feira e a tradição que lhe está associada.

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Memórias do tempo da Revolução de 25 de abril de 1974

O Gonçalo Santiago, do 6ºB, fez uma recolha de testemunhos de familiares, vizinhos e amigos sobre como viveram os tempos agitados da Revolução.

quinta-feira, 8 de maio de 2014

25 de Abril de 1974: 40 anos depois

A Revolução do 25 de abril: 40 anos depois
Pesquisa de Francisco Tavares (6ºA)
Fiz algumas entrevistas a pessoas amigas e familiares que viveram o dia 25 de abril de 1974. Aqui estão os seus testemunhos:
“Soube que tinha havido uma revolução quando cheguei ao meu local de trabalho (Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto). Disseram-me que tinha havido uma revolução e que não podia dar aulas, o que me confundiu um pouco. Eu estava tão feliz, assim como as pessoas que me rodeavam, que não percebia muito bem qual a razão pela qual nos diziam que era necessário ter cuidado. Percebi mais tarde que era por receio de uma contra-revolução, e que podia de facto ter havido algum perigo, mas a excitação e alegria que sentia superavam tudo isso.
Os dias seguintes foram de imensa alegria. Era uma festa nacional. Particularmente o 1º de Maio de 1974 foi um dia em que muita gente saiu à rua para festejar.”
Maria da Conceição Alvim Ferraz

“Na altura tinha 11 anos e andava no “2º ano do ciclo”, onde agora está a Escola EB1 nº 2. Quando chegamos para as aulas disseram-nos que a escola ia estar fechada. Para mim era tudo isto muito confuso. Fui para casa e lembro-me que durante a manhã na rádio só se ouvia “Grândola Vila Morena”. Não havia notícias, horas, nada… A partir do início da tarde começamos a ouvir na rádio o que tinha acontecido, lembro-me especialmente de ouvir o General Spínola e Costa Gomes a falar.
Quando regressamos à escola no dia 26 de abril os professores explicaram-nos o que tinha acontecido e naqueles dias parecia que toda a gente estava em festa.”
Fátima Silva

“Eu estava na Alemanha pois tinha fugido clandestinamente para não ir para a guerra colonial. Era um chamado refratário. Durante o tempo em que estava na Alemanha não podia vir a Portugal e portanto as saudades eram imensas. Cheguei ao cúmulo de ter tantas saudades de bacalhau e azeite que ia para o aeroporto para sentir o cheiro destes produtos levados por familiares de outros emigrantes. A primeira notícia que ouvi sobre o 25 de Abril era pouco clara, dizia “tanques invadem a praça principal de Lisboa”. Pensei que fosse um desfile de propaganda ao Estado Novo e portanto não dei demasiada atenção. Só quando soube que tinham libertado os presos políticos é que tomei consciência da dimensão e da revolta.
Foi uma alegria incrível. Perceber que já podia voltar a Portugal. Foi uma felicidade tão intensa que ainda hoje sorrio ao lembrar-me desse momento.”
António Monteiro


A Revolução de 25 de Abril de 1974 (Aos olhos da minha avó)

Trabalho de Catarina Bernardes (6ºB)

No ano de 1974, a minha tia tinha 9 anos e no dia 25 de abril estava num passeio escolar para uma visita ao aeroporto. A minha avó acompanhava-a quando ouviram no rádio do autocarro, por volta das 9/10 horas da manhã, que decorria uma revolução em Lisboa.
            Perante a notícia ouvida na rádio, o autocarro parou para que as pessoas tivessem a possibilidade de telefonar aos seus familiares, sabendo mais notícias e tranquilizando os mesmos. Os que estavam no autocarro ficaram indecisos face à continuação do passeio, pois tinham medo que acontecesse alguma coisa, mas decidiram prosseguir.
            Quando chegaram ao aeroporto de Pedras Rubras (atualmente aeroporto Francisco Sá Carneiro) depararam-se com um grande aparato de militares que tinham o aeroporto fechado para que ninguém entrasse.      
            O resto do passeio decorreu dentro da normalidade até Valença do Minho.
            Nesta época, apesar de ter havido problemas nas fábricas e com os proprietários de terrenos agrícolas e casas arrendadas, os dias seguintes foram vividos normalmente. Diziam que os pobres podiam ficar com os bens das pessoas mais abastadas, então uma inquilina de uma das casas que a minha bisavó tinha, veio a Santa Maria da Feira para tentar tornar-se proprietária.

Entrevista à minha avó:
1-Como é que soube do acontecimento?
     Através do rádio do autocarro em que íamos em passeio.

2-Quais foram os momentos mais emocionantes desse dia?                               
    Quando cheguei ao aeroporto e este estava interdito para visitas com bastantes militares à porta.

3-Como é que as pessoas reagiram?
     Ficámos indecisos, porque não sabíamos se continuar ou não o passeio.

4-Como foram vividos os dias que se seguiram à revolução?
     Os dias seguintes decorreram com normalidade porque o acontecimento ocorreu com paz.

"O Democrata Feirense": um jornal do tempo da 1ª República

O Gonçalo Santiago, do 6ºB, fez uma interessante pesquisa sobre Santa Maria da Feira (Vila da Feira,  naquela época) no tempo da 1ª República. O seu trabalho incidiu sobre um jornal local, de que o seu tio bisavô foi diretor. Este jornal designava-se "O Democrata Feirense". Há muitos anos que deixou de existir. Porém, o que conta é que faz parte do património histórico e cultural da nossa terra.



sexta-feira, 18 de abril de 2014

Santa Maria da Feira e a Primeira República

Dando principal destaque ao nosso imponente castelo, no início do século XX renovou-se o interesse público por este monumento.
As primeiras obras de recuperação foram executadas pela Direção das Obras Públicas, em 1907, e visitadas por D. Manuel II de Portugal no ano seguinte. Em 1909 foi criada uma Comissão de Proteção e de Conservação do Castelo, tendo-se procedido às obras de beneficiação e restauro com a ajuda de Fortunato Fonseca.
De 1910 a 1926 foi um período fértil em obras de beneficiação no Castelo, destacando-se o biénio de 1917/1918. O castelo foi classificado como Monumento Nacional por Decreto de 16 de junho de 1910 publicado pelo DG nº 136, de 23 de junho de 1910.
No decorrer destas obras foram encontrados alguns vestígios arqueológicos, destacando-se uma ara romana com uma mensagem religiosa em latim que, em 1914, foi colocada ao abrigo do tempo, num nicho aberto na parede da torre de Menagem.




As duas Aras Romanas 
presentes no Castelo da Feira











Destaca-se, ainda, em 1909, a nomeação do Dr. Ângelo da Cunha Sampaio Maia, advogado de S. João de Ver, para Ministro do Trabalho.

Bibliografia:
D'AZEVEDO, Anídio Casals, "Comissão De Vigilância Do Castelo De Santa Maria Da Feira", Gráfica Claret, 1988
Catarina Pinho, 6ºB   

Um episódio entre monárquicos e republicanos na Vila da Feira

Vou contar uma história real, um episódio que aconteceu em 1919 entre monárquicos e republicanos na Vila da Feira.
Para tal, fui falar com o filho de um dos intervenientes neste episódio, o Sr. Luís de Magalhães. O seu pai, Alfredo de Magalhães, nasceu em Lamego no ano de 1886. Com 20 anos veio para Espinho cumprir o serviço militar. Ao fim de semana trabalhava na Vila da Feira numa drogaria e aí aprendeu a arte de funileiro. Nesta localidade se casou e se estabeleceu como funileiro.
Alfredo Magalhães era monárquico e em Janeiro de 1919 durante a tentativa da restauração monárquica, juntamente com mais uma dezena de cidadãos, andaram pelas ruas de Vila da Feira e por algumas freguesias do concelho acompanhados por bandas de música a proclamarem a monarquia, fazendo hastear bandeiras monárquicas em alguns edifícios públicos. Alfredo Magalhães chegou mesmo a içar uma bandeira monárquica no edifício da Câmara Municipal da Feira. Outros lançaram foguetes e obrigaram as bandas de música a executarem o hino real. Ainda por esta altura proferiram publicamente vivas ao rei D. Manuel II e lançaram insultos aos republicanos. Organizaram também na Vila da Feira um batalhão de civis destinados a defender a monarquia. Os indivíduos que faziam parte do batalhão andaram armados com espingardas do exército a policiar a noite da Vila da Feira.
Por estes factos, em 25 de Junho de1920, foram acusados treze cidadãos, entre os quais Alfredo de Magalhães. Foram julgados pelo Tribunal Militar do Porto. O original deste documento de acusação está na posse do Sr. Luís de Magalhães.
Alfredo Magalhães seria condenado a três meses de prisão, que foram cumpridos na cadeia de Aljube no Porto. Posteriormente foi libertado e continuou a residir com a sua família na então denominada Vila da Feira.

 Bandeira da Monarquia de 1830 até 1910
 Bandeira da República a partir de 1910



 Trabalho realizado por: Ana Luísa       Nº2    6ºB

quinta-feira, 13 de março de 2014

O Castelo de Santa Maria da Feira (Trabalho de Mariana Silvares, 5ºA)

O Afonso Oliveira e o Tiago Coelho, do 5ºA, realizaram um excelente trabalho de pesquisa sobre o castelo de Santa Maria da Feira. Abordaram de forma muito interessante aspetos ligados à sua história, desde as origens ao presente, incluindo algumas lendas a ele associadas.

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Personalidades do Concelho da Feira relevantes na 1ª República

Ângelo de Sá Couto da Cunha Sampaio Maia
 
 
Ângelo de Sá Couto da Cunha Sampaio Maia nasceu a 21 de Maio de 1886 na Quinta da Portela de Baixo em Paços de Brandão. Era filho de Emília Augusta de Sá Couto Moreira e de Augusto da Cunha Sampaio Maia, 1º conde de S. João de Ver. Este foi médico de renome, monárquico convicto, presidente da Câmara da Feira e fundador do Hospital de Oleiros.

Ângelo de Sá Couto da Cunha Sampaio Maia, bacharel em Direito pela Universidade de Coimbra, foi nomeado em 1911 Sub-Delegado do Procurador Geral da República no 2º Juízo de Investigação Criminal e na 4ª Vara Cível de Lisboa até ao seu concurso para Magistratura.

Na capital exerceu advocacia até 1929, desempenhou o cargo de Governador Civil do Distrito de Aveiro em 1919 e até 1926 o de Deputado da Nação. Foi Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, e Ministro do Trabalho entre 1925 e o golpe militar de 28 de Maio de 1926. Assinou o decreto das oito horas diárias de trabalho.
 A partir de 1929, por motivos de doença, retirou-se para S. João de Ver e instalou-se na já sua Casa da Torre, passando a colaborar com o seu pai na administração do Hospital Nossa Senhora da Saúde, de S. Paio de Oleiros, unidade de assistência e saúde de que foi Diretor Geral a partir de 1938. Faleceu a 19 de Dezembro de 1970.
Ficou conhecido como o Ministro das 40 horas, pois foi enquanto Ministro do Trabalho que assinou o Decreto que regulamentou em Portugal as 40 horas de trabalho por semana.
Cândido de Pinho

O 2º Reitor da Universidade do Porto nasceu em Fornos, Santa Maria da Feira, a 9 de Maio de 1853. Estudante da Escola Médico-Cirúrgica do Porto, concluiu o curso com louvor em 1877.
Após a criação da Universidade do Porto, em 1911, assumiu as funções de Vice-Reitor para, em 1918, suceder a Francisco Gomes Teixeira como reitor da Universidade do Porto. Exerceu também o cargo de Director da Faculdade de Medicina, resultante da transformação da Escola Médico-Cirúrgica do Porto.
Foi durante o mandato de Cândido de Pinho, na Reitoria, que se deu uma importante reforma do ensino superior liderada por Alfredo Mendes de Magalhães, da qual resultou a publicação do Estatuto Universitário. Entre outras coisas, descrevia a clarificação das funções das universidades (ensino profissional, investigação científica e difusão da alta cultura) e a dependência das universidades face ao Estado, salvaguardando-se contudo a autonomia governativa das Faculdades e Escolas. O assassinato de Sidónio Pais - em Dezembro de 1918 - acabaria por precipitar a saída do Reitor em 1919, ano da sua morte.
Além da carreira académica, Cândido de Pinho foi também Vice-presidente da Câmara Municipal do Porto.
Francisco Alvim Ferraz de Sousa Tavares, nº 12, 6º A
 
 

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

O Francisco, do 6ºA, fez um muito interessante trabalho de pesquisa sobre a história dos correios na sua localidade: Santa Maria da Feira. Para tal, entrevistou familiares seus, que lhe forneceram informações curiosas sobre este importante meio de comunicação.
 
O correio contado por quem assistiu ao seu início...
A primeira estação de correios da Vila da Feira
 
 
Resolvi entrevistar um familiar próximo, cuja mãe e avó desenvolveram atividades ligadas aos correios, desde final do Séc. XIX até meados do Séc. XX, aqui em Santa Maria da Feira (à data, Vila da Feira). Dessa entrevista fiquei com algumas informações fantásticas que vou partilhar.
O sonho e a necessidade das pessoas em comunicarem entre si são muito antigos.
Ainda hoje, podemos assistir nos filmes de índios e cowboys, a comunicação que faziam, utilizando sinais de fumo.
Com o aparecimento da escola, aumentou substancialmente o número de pessoas a saber escrever. Nasceu mais uma necessidade: o das pessoas comunicar entre si por intermédio da escrita. Surgiu então a carta escrita dirigida a familiares e amigos, estivessem onde estivessem. Mas não bastava escrever a carta. Como fazer para ela chegar ao destinatário? Como pagar esse serviço?
Foi assim que, em 1859, foi criada por vontade Régia (Ministro Fontes Pereira de Melo) uma “diligência” (carruagem puxada por 4/6 possantes cavalos) que fazia o transporte de pessoas e das “cartas” entre Lisboa e Porto. Este trajeto demorava 34 horas! Neste percurso existia 23 mudas de cavalos, e para tal foram criados 23 edifícios compostos por estábulos para os cavalos, dois ou três quartos para descanso dos viajantes e local onde eram servidas refeições, geralmente compostas por sopa e pão.
Neste local, os cavalos eram mudados (os cansados da viagem por cavalos frescos), e nestas mudas era largada a correspondência destinada àquela enorme área geográfica. Daí estas primeiras estações terem o nome de Malapostas (Mala-postas).
Assim, à Vila da Feira de então foi atribuída uma Malaposta, criada junto à Estrada Romana, também denominada Estrada Real, e mais tarde junto da estrada que ligava Porto-Lisboa, também chamada Estrada Nacional nº1.
A colocação deste equipamento, para a época, inovador, veio mais tarde a dar o nome ao lo
cal, que assim se passou a chamar lugar da Malaposta-Sanfins-Vila da Feira.
O familiar que entrevistei contou-me:
“A minha avó, durante anos e anos, ia à Malaposta buscar o correio que se destinava a todo o norte do nosso Concelho e levava-o numa canastra para entregar nas freguesias. Era uma autêntica epopeia, pois os caminhos eram fracos, e pontes, poucas ou nenhumas. O sacrifício era enorme para estas recoveiras. Segundo ela me contou, levava o correio desde a Malaposta até à freguesia de Canedo (quase 20Km) a pé, mal alimentada e sem meios de comunicação. Chegada ali, o correio, já dividido em pacotes, era entregue ao Padre ou ao Professor, ou não fossem eles as únicas ou quase únicas pessoas a saberem ler. Contava-me ela que o Padre, nas escadas da Igreja, lia o nome e fazia a chamada a entrega da carta. Muitas vezes era-lhe solicitado que a lesse...o que ele fazia na frente das pessoas presentes”.
No início do Séc. XX, as diligências deram lugar ao transporte ferroviário, passando os comboios a desempenhar um papel importante nas comunicações, no transporte de passageiros, mercadorias e do próprio correio, sendo muito mais rápido que o cavalo. Assim, foram adicionadas aos comboios as chamadas “ambulâncias postais”, carruagens nas quais trabalhavam várias pessoas que tinham a função de distribuir “as cartas” pelas localidades. Estas cartas eram entregues nas estações onde parava o comboio.
É nesta fase que entra a mãe do meu familiar na função de recoveira. Tinha ela como missão transportar os sacos do correio desde a estação dos CTT (Correios Telégrafos e Telefones) até à estação do caminho de ferro (então, Vale do Vouga) para aí serem introduzidos nas citadas “ambulâncias” e o seu conteúdo ser distribuído conforme os destinos. “A minha mãe fez esse trabalho desde 1952 até ao aparecimento do transporte rodoviário”- disse o meu familiar. Com o aparecimento dos veículos de transporte motorizado, foram alterados os hábitos até esta altura baseados no “homem”.
Esta fotografia mostra-nos a primeira estação de correios da Vila da Feira, situada no Rossio. Mais tarde, em 2 de Março de 1958, foi inaugurada a nova Estação dos Correios, no local onde ainda hoje se encontra.
Não podemos esquecer o papel que as caixas de correio ou os marcos postais distribuídos pelas vilas e aldeias tiveram na recolha de cartas, evitando assim que as pessoas se deslocassem às estações dos CTT (Fig. 3). Estas pequenas caixas retangulares ou cilíndricas de cor vermelha que ainda hoje encontramos nas paredes de algumas casas de comércio ou na confluência de ruas prestaram e prestam um relevante serviço público.
Nesta altura, os carteiros, homens encarregues de fazer chegar as cartas às pessoas, usavam uma farda tipo ganga clara, e estavam sinalizados, para além da farda, com um distintivo onde sobressaía um “homem montado num cavalo com uma corneta na mão”. Estes homens tinham como tarefa calcorrear os caminhos, carregados com uma mala de cabedal castanha, quer estivesse chuva, frio, calor ou neve, a missão tinha que ser cumprida. Quando o carteiro chegava a um lugar ou aldeia, para não andar de casa em casa, tarefa impossível para o trabalho e tempo que tinha, tocava uma corneta de metal amarelo e as pessoas que andavam nas suas tarefas vinham ao encontro do carteiro que então distribuía as cartas.
Este serviço era e é pago com a utilização do selo. O primeiro selo português foi lançado em 1853 (sem a menção de qualquer importância) e tinha a efígie da Rainha Dª Maria II.
 
Trabalho de: Francisco Tavares (6ºA)

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Características naturais de Santa Maria da Feira

Características Naturais da Minha Região
Santa Maria da Feira
 
 
 
 
Santa Maria da Feira é uma cidade portuguesa pertencente ao Distrito de Aveiro e situada na Grande Área Metropolitana do Porto, região Norte e sub-região de Entre Douro e Vouga, com cerca de 18 000 habitantes. É sede de um município com 213,45 km² de área e 139 312 habitantes, subdividido desde a reorganização administrativa de 2012/2013 em 21 freguesias. O município é limitado a norte pelos municípios de Vila Nova de Gaia e de Gondomar, a leste por Arouca, a sudeste por Oliveira de Azeméis e São João da Madeira, a sul e a oeste por Ovar e a noroeste por Espinho.

O concelho abrange uma área com altitude média de 185 metros, onde passam o rio Cáster, que desagua na ria de Aveiro, e o rio Uíma, que desagua no Douro. No concelho estão situadas as termas de S. Jorge, onde correm águas medicinais a cerca de 23ºC, sulfurosas e alcalinas, utilizadas no tratamento de reumatismo, artritismo e dermatoses.
Rio Uíma
 
Clima e Vegetação natural
Santa Maria da Feira localiza-se na região do clima temperado marítimo da Península Ibérica, onde a temperatura é amena e a precipitação abundante, sobretudo no inverno.              
Na vegetação natural de Santa Maria da Feira predominam as árvores de folha caduca (como o pinheiro-bravo e de folha persistente (como o carvalho).
              
 
 
 
 
Castelo de Santa Maria da Feira
 
Da Idade Média ficaram-nos testemunhos da arquitetura militar, de que o Castelo da Feira será o mais imponente e representativo.
É o monumento mais importante do Concelho de Santa Maria da Feira.
 
 
 
 
 
 
 
Curiosidades...
Brazão de Santa Maria da Feira
 
Bandeira de Santa Maria da Feira
Trabalho realizado por Rafael Pais (5ºA)