Conhecer o Passado para entender o Presente

"Entrar na História" é o nome deste blogue. Pode significar abrir a porta e entrar no tempo que nos antecedeu. O tempo dos nossos avós... e dos avós dos nossos avós. De todos aqueles que construíram a terra onde vivemos.
Temos o dever de continuar a obra que nos deixaram, dando o nosso contributo para melhorar o que deve ser melhorado. Fazer da nossa terra um lugar mais agradável para viver.
Não se pode melhorar o presente se não o conhecermos. E para compreender o presente temos de conhecer o passado.
É o que este blogue te propõe: vamos investigar a história da nossa terra, para a conhecermos melhor.

Aproveitem!

Aproveitem!

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Vila da Feira e a República




Comemoração do Centenário da República
Vila da Feira e a Implantação da República:
factos e figuras locais

No dia 4 de Outubro, na aula de História e Geografia de Portugal, fomos à biblioteca da nossa escola. Tínhamos encontro marcado com um historiador local, chamado Roberto Carlos. Foi convidado pelo nosso professor de História e Geografia de Portugal, Carlos Baptista, para dar uma palestra sobre Vila da Feira no tempo da 1ª República.
Antes do orador convidado iniciar a sua intervenção, o 6ºC apresentou uma pequena dramatização que se intitulava “Viva a República!”. No final cantaram o hino nacional, ensaiado nas aulas de Educação Musical e Área de Projecto.
Após este momento, o historiador Roberto Carlos falou-nos sobre a história da 1ª República e deu-nos a conhecer algumas informações muito interessantes sobre a nossa terra naquele tempo. Contou-nos que, em 1908, o rei D. Manuel II visitou Vila da Feira para inaugurar a Linha do Vouga e que o primeiro Presidente da Câmara Municipal da Feira, Dr. Elísio Castro, apesar de republicano, era grande amigo de D. Carlos, pai de D. Manuel II. Foi, igualmente, muito curioso ficarmos a saber que um dos jornais locais, ainda actualmente em circulação, já existia em 1910 e defendia as ideias republicanas. É o jornal “Correio da Feira” e, nesta sessão, esteve presente um repórter deste jornal.
No final, foi-nos oferecida uma cópia do número do ”Correio da Feira”, publicado a 8 de Outubro de 1910, a dar notícia da Revolução Republicana em Lisboa.
Gostámos muito desta sessão. Foi uma aula diferente e muito interessante porque ficamos a conhecer melhor a história da nossa terra e também a história da implantação da República em Portugal.
Trabalho elaborado por: Lorena e Ana Matilde (6ºI)
(sob a orientação do professor Carlos Baptista)

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

terça-feira, 8 de junho de 2010


“Vouguinha” fez cem anos
Em 2008

21 de Dezembro de 1908, foi a data em que o último rei de Portugal, D. Manuel II, visitou Santa Maria da Feira para inaugurar a linha férrea do Vouga.
Em 1907 teve início a construção da via-férrea que liga Espinho a Oliveira de Azeméis, estendendo o seu percurso até Sernada do Vouga, e, passados alguns anos, até Viseu, ligando a serra à praia.
Esta linha férrea foi obra da:“Compagnie Française pour la Construction et Explotation de Chemins de Fer à l’Étranger”, que, em português, significa: Companhia Francesa de Construção e Exploração de Caminhos-de-Ferro no Estrangeiro.
Em 2008 comemorou-se o centenário desta linha ferroviária. Para ainda comemorar esta data, algumas pessoas foram vestidas a rigor (com as vestes do período da inauguração), representando os costumes da época. Por exemplo: uns deslocaram-se de carruagem, representando a alta nobreza, outros vestiram-se de frades, como se fossem do clero e também alguns iam com roupas esfarrapadas, representando o povo.
Vários ranchos folclóricos animaram os visitantes e deram as boas vindas ao Vouguinha. Apesar de a CP ter disponibilizado 4 composições, o comboio estava repleto de gente e muitos foram os que em Espinho tiveram que esperar pelo próximo comboio.
Pesquisa realizada por Mariana, 6ºF

terça-feira, 18 de maio de 2010

D. Manuel II em Santa Maria da Feira




23 de Novembro de 1908

D. Manuel II esteve em Santa Maria da Feira na inauguração do “Vouguinha”

O troço entre Espinho e Oliveira de Azeméis foi inaugurado em 23 de Novembro de 1908, sendo considerado na altura um factor preponderante para a aproximação dos núcleos urbanos que englobam Oliveira de Azeméis, S. João da Madeira e Santa Maria da Feira.

Segundo o "Correio da Feira", de 28 de Novembro de 1908, "cerca de 20.000 pessoas acorreram à Vila da Feira para aplaudir El-Rei D. Manuel II, na inauguração do troço entre Espinho e Oliveira de Azeméis, da Linha do Vale do Vouga".

"Sua Majestade tinha saído de Espinho, sob um sol escaldante e cerca das 12:30 horas, depois de um almoço festivo no salão Nobre da Assembleia de Espinho", refere-se na "Monografia do Vale do Vouga", que cita o "Correio da Feira".

Atravessando ainda hoje paisagens únicas, do mar à serra, de Espinho e de Aveiro a Sernada do Vouga, a linha foi inaugurada por D. Manuel II durante a apoteótica viagem que fez ao Norte, pouco depois do regicídio.

Com a República, o comboio chegou a Viseu, em 1914, e foi durante décadas factor determinante da economia serrana, nomeadamente no escoamento do minério que era extraído em Sever do Vouga, no transporte de pessoas e no comércio de produtos de vária índole.

Nos finais do Estado Novo, o “Vouguinha” foi “condenado a circulação suspensa”, por crime de fogo posto: dizia-se que as suas máquinas, então a vapor, é que pegavam fogo à floresta.

O 25 de Abril trouxe o “poder popular” à rua e a linha foi parcialmente aberta, já sem o troço de Sernada a Viseu, valendo-lhe a conquista o epíteto de “comboio do povo”, mas de então para cá o seu encerramento foi várias vezes equacionado numa lógica pouco social de viabilidade.

Pesquisa de Luís Miguel Henriques, nº 12, 6ºF

quarta-feira, 12 de maio de 2010

terça-feira, 4 de maio de 2010

A moura encantada


Uma lenda “guardada” no nosso castelo

Havia em tempos uma moura muito dócil e linda, que se apaixonou por um nobre cavaleiro português.
Numa viagem de Coimbra até à Feira, os mouros foram atacados de surpresa pelo exército de D. Henrique de Borgonha, que tentava expulsar os mouros.
Nesse tempo, o castelo era controlado por um mouro: Almansor. A princesa estava prometida ao Emir da Feira e vinha muito bem protegida.
Não foi difícil para os atacantes torná-los como reféns. Nessa altura houve de imediato uma atracção entre o cavaleiro e ela. Como este era da máxima confiança do rei, ficou a guardar a princesa.
A princesa estava prometida ao Emir da Feira mas este tinha de esperar até que ela fizesse 14 anos para poder casar. Ele já era casado com três mulheres, mas a religião muçulmana permitia que casasse com quatro, desde que as pudesse manter. A princesa seria a mais nova da esposaria. Com quatro mulheres, desde que as pudesse manter, aquela iria ser a mais nova que ele desposaria.
Passado algum tempo, o Emir começou a preparar o casamento, e quando este disse que a princesa iria ser libertada, o cavaleiro desertou sem dar notícia.
A princesa foi libertada, mas andava triste por ter de deixar o cavaleiro e ao mesmo tempo furiosa por este não se ter despedido dela. Quando viu o seu futuro marido pareceu-lhe um fantasma velho.
Sentia-se infeliz quando se arranjavam os preparativos casamento.
Entretanto numa noite de lua cheia, a princesa sentou-se na janela, e ouviu a voz do cavaleiro. Correu ao seu encontro e combinaram fugir do castelo no dia do casamento.
Chegando a essa altura, tudo corria como planeado, mas o Emir ficou desconfiado e reforçou a guarda. Quando se aproximou da porta, os guardas apanharam o seu amado e a princesa assistiu a tudo.
Atirou-se para o poço do castelo e morreu.
Diz-se que a partir dessa altura, a desgraça caiu sobre os mouros.
Pesquisa realizada por: Cláudia Almeida de Aguiar Tavares e Helena Bastos Moreira de Oliveira Lino (5ºJ)

O Castro de Romariz



Os castros são pequenas aldeias compostas por casas de pedra e telhado de colmo (palha). Nestes locais viviam as comunidades agro - pastoris.
Quem introduziu estes primeiros aldeamentos na Península Ibérica foram os Celtas, um povo vindo do Norte da Europa (Ilhas Britânicas). Os Celtas tinham alguma sabedoria. Não só introduziram essa forma de fazer habitações como também a técnica de transformação do ferro (metalurgia).
Na minha localidade existe um: O CASTRO DE ROMARIZ.
Situa-se na freguesia de Romariz, no concelho de Santa Maria da Feira. É um importante vestígio histórico descoberto acidentalmente no ano de 1845 por um agricultor.
Este castro constitui um dos elementos mais importantes do património histórico do nosso concelho.
Logo que te seja possível, visita-o porque, acredita, que vai valer a pena.

Pesquisa realizada por: Pedro Duarte Lopes, 5ºJ

terça-feira, 20 de abril de 2010

A visita do rei D. Manuel II à Vila da Feira em 1908

O último rei de Portugal esteve em Santa Maria da Feira para inaugurar a linha do Vouga.
A Inês Vasquez do 6º F fez uma pesquisa num jornal local da época: o "Gazeta Feirense".

quinta-feira, 15 de abril de 2010

terça-feira, 13 de abril de 2010

A Lenda de Escapães



Em meados do século XII, o poço do Castelo da Feira foi envolvido em várias lendas. Nesse poço existia um caminho subterrâneo que servia de refúgio durante a guerra.
Durante muito tempo ninguém se atrevia a tentar desvendar o misterioso segredo que envolvia esse caminho. Mas um dia apareceu um homem de raça negra disposto a encontrar o caminho subterrâneo. Ele afirmava que trazia consigo um talismã que afastava os espíritos. Iniciou o caminho rumo ao fundo do poço tocando, com toda força, uma campainha. O destemido homem foi continuando naquele medonho silêncio até que já muito longe avistou claridade. Com o coração aos saltos, correu para a luz e rapidamente subiu uma ravina. Cá fora observou ao longe o Castelo de Santa Maria da Feira e exteriorizando a sua alegria, gritou:
- Escapei, escapei.
O povo que trabalhava perto foi ao encontro do homem. Ele contou a sua aventura e pediu-lhes que em memória do seu feito dessem a esse lugar o nome de “escapei”. Foi assim que esse lugar passou a chamar-se Escapães, que é nome actual de uma das freguesias de Santa Maria da Feira.
Pesquisa do 5ºJ

terça-feira, 23 de março de 2010

MERCADO MUNICIPAL DE SANTA MARIA DA FEIRA






Quem diria?
UMA DAS PRIMEIRAS OBRAS DE UM DOS MAIORES ARQUITECTOS PORTUGUESES: FERNANDO TÁVORA
O Mercado Municipal de Santa Maria da Feira localiza-se No centro da cidade.
Foi inaugurado em 1959.

É um edifício que marca a arquitectura da década de 1950 no país, da autoria de Fernando Távora, no qual procurou integrar elementos locais e tradicionais na arquitectura moderna.
Neste momento, encontra-se em vias de ser classificado patrimonialmente.
Este é também um dos primeiros projectos em que esteve envolvido Siza Vieira. Apesar de ser um jovem arquitecto do Gabinete de Távora, participou activamente neste Projecto, sendo o único responsável por alguns aspectos do Mercado, nomeadamente nos coloridos mosaicos que concebeu para as diferentes alas do edifício.

Pesquisa na Wikipedia de Luís Miguel Henriques, 6ºF

terça-feira, 9 de março de 2010

Museu do Papel
em Paços de Brandão
Pesquisa de João Afonso (6ºF)
Colaboração do seu pai, que tirou as fotos, e de responsáveis do Museu

terça-feira, 2 de março de 2010


CONVENTO DOS LÓIOS
Pesquisa e fotos de João Afonso, 6ºF

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010


FESTA DAS FOGACEIRAS - Tradição que vem de longe
A benção das fogaças
Um dos momentos mais importantes desta festividade é a bênção das Fogaças e a Missa Solene com sermão, na Igreja Matriz.
De tarde, há uma grande procissão, na qual participam as autoridades militares do concelho, convidados, associações culturais, desportivas, recreativas, párocos, confrarias, duas Bandas de Música, as Bandas dos Bombeiros Voluntários de Santa Maria da Feira e Arrifana, andores como o do Mártir S.Sebastião e as Fogaceiras.
Neste dia festivo, que é feriado municipal, acorre ao concelho de Santa Maria da Feira um grande número de pessoas para assistir a esta cerimónia de carácter popular e religioso.
Ricardo Ribeiro, 6ºB

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010



As Fogaceiras
Uma tradição com muitos séculos
Por volta dos séculos XV e XVI, Portugal sofreu de uma grande epidemia, a peste. A doença e a fome levaram a população ao ponto de prometer a S. Sebastião que se os ajudasse na cura da peste, eles organizariam uma festa em que ele seria o protagonista, e em que raparigas humildes do concelho desfilariam de vestido branco, com uma faixa geralmente azul ou encarnada amarrada à cintura, a transportar um pão doce de trigo, chamado FOGAÇA.
A peste acalmou e, os grandes senhores da Feira decidiram organizar a festividade, até que um interregno de 1749 a 1753, trouxe de novo a peste para as terras da Feira.
Em 1753, a Câmara começou a assegurar a festa até aos dias de hoje.
É hoje uma das mais significativas festividades realizadas em Santa Maria da Feira, que se realiza a 20 de Janeiro de cada ano.
Pesquisa de Fábia Teixeira, 6ºB

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

O Solar dos Condes de Fijô






Um dos edifícios mais significativos do património arquitectónico de Santa Maria da Feira é aquele onde actualmente se encontra a sede de uma das associações culturais mais importantes desta localidade: o Orfeão de Santa Maria da Feira.
Em 1854, um documento escrito (Matriz da Câmara) descreve a propriedade da seguinte forma:
1) morada de casas com capela, lojas e 1º andar sitas em Fijô;
2) uma quinta que se compõe de lavradio e mato, ramadas, árvores de vinho e fruta junto à dita casa.
Em comparação com os nossos dias, desapareceu a torre e a capela
Sabe-se que a Capela foi destruída em 1949 para alargamento da estrada.
Na mesma data todo o edifício foi demolido, pedra a pedra, para ser reconstruído 25 metros mais a poente, adquirindo o aspecto que hoje lhe conhecemos!
Na frente do Solar (construído
em calcário), sobre a varanda encontra-se o Brasão da Casa de Fijô.
Na face sul, encontra-se uma coroa de conde, com o timbre dos Corte-Real.
Desde 1975, o Solar encontra-se alugado ao Centro de Cultura e recreio do Orfeão de Santa Maria da Feira.
Em 1994 foi vendido à Câmara Municipal da Feira para aí ser instalado o Museu Municipal de Etnografia.
Pesquisa de Luís Miguel Henriques (6ºF)

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Igreja de S. Tiago (Rio Meão)


É a mais antiga igreja do concelho de Santa Maria da Feira. Foi construída no século XV. Ao longo dos tempos sofreu algumas alterações. A capela-mor e a torre foram renovadas no século XIX.
No seu interior encontramos uma escultura de grande interesse histórico e patrimonial, representando o padroeiro desta freguesia: S. Tiago. Trata-se de uma obra feita em calcário nos finais do século XV.
Pesquisa de Sílvia Santos (5ºJ)

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Convento dos Lóios


LOCALIZAÇÃO
O Convento dos Lóios inclui a Igreja com o mesmo nome e fica no centro da cidade de Santa Maria da Feira, no distrito de Aveiro.
HISTÓRIA
Em 1560, no dia de S. João, numa sexta-feira, foi colocada a primeira pedra do futuro Convento dos Lóios, no sítio da ermida dedicada ao Espírito Santo, "assistindo toda a gente da vila".
O convento surgiu por vontade de D. Manuel Pereira, 3º conde da Casa e Castelo da Feira.
Anteriormente, em 1549, foi feita uma petição ao Capítulo Geral para que se recolhessem as rendas necessárias à fundação do Colégio dos Cónegos Seculares de S. João Evangelista, também conhecidos como frades Lóios.
EDIFÍCIO
O conjunto compõe-se da Igreja, a norte, orientada de leste para oeste, e do edifício do Convento, que se encontra a sul. Ao centro, localiza-se o claustro, de planta quadrada, com o chafariz a meio. A fachada oeste é antecedida por uma vasta escadaria de tipo monumental, de duplo arranque. a meio, apresenta um cruzeiro, datado de 1746. O plano inferior da escadaria integra um chafariz de tipo seiscentista, de tanque de forma quadrada, taças sobrepostas, rematado por uma esfera armilar.
Trata-se de um monumento onde estão presentes vários estilos arquitectónicos e artísticos. Um deles é o barroco.
Faz uma vista mais cuidada e atenta a este histórico edifício, símbolo da riqueza patrimonial da nossa terra.

Pesquisa realizada por Gonçalo Costa (6ºF)