Conhecer o Passado para entender o Presente

"Entrar na História" é o nome deste blogue. Pode significar abrir a porta e entrar no tempo que nos antecedeu. O tempo dos nossos avós... e dos avós dos nossos avós. De todos aqueles que construíram a terra onde vivemos.
Temos o dever de continuar a obra que nos deixaram, dando o nosso contributo para melhorar o que deve ser melhorado. Fazer da nossa terra um lugar mais agradável para viver.
Não se pode melhorar o presente se não o conhecermos. E para compreender o presente temos de conhecer o passado.
É o que este blogue te propõe: vamos investigar a história da nossa terra, para a conhecermos melhor.

Aproveitem!

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quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

O Castro de Romariz



O CASTRO DE ROMARIZ
O que é um castro?
 Castro são as ruínas ou restos arqueológicos de um tipo de povoado da Idade do Ferro característico das montanhas do noroeste da Península Ibérica, na Europa. Os povoados eram construídos com estruturas predominantemente circulares, revelando desde cedo a implementação de uma «civilização da pedra», quer nas zonas de granito quer nas de xisto.
 Nota: A Idade do Ferro refere-se ao período em que ocorreu a metalurgia do ferro.
Quando foi construído?
 O Castro de Romariz é um povoado fortificado construído no séc. V a.C., ficando ocupado até ao séc. I d.C. Considerado uma das estações arqueológicas mais significativas da região de Entre o Douro e Vouga.
Onde se localiza?
 O Castro de Romariz localiza-se num monte situado no concelho de Santa Maria da Feira, na freguesia de Romariz.
O que fizeram os Romanos com o castro de Romariz?
 Os Romanos fizeram do castro de Romariz uma povoação romana.
 Mesmo tendo conquistado o castro de Romariz, os Romanos deixaram o povo vencido continuar com os seus costumes.
Pesquisa realizada por: Beatriz Vilaça, nº4, 5ºF

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

As Invasões Francesas e Arrifana







Arrifana e as Invasões Francesas
O motivo desta pesquisa deve-se ao interesse pelos acontecimentos do passado no meu concelho. Este foi invadido pelos franceses no ano de 1809, mais especificamente na vila de Arrifana.
A forte resistência das populações ao exército francês invasor, foi um dos factores mais característicos deste período da história. E se essa oposição foi muitas das vezes “passiva”, isto é, as populações abandonavam as suas propriedades, sem oferecerem resistência e destruíam, elas próprias, os bens que de algum modo podiam servir ao invasor, não é menos verdade que esta resistência popular foi crescendo.

De facto a expressão “guerrilla” (pequena guerra) adquiriu o significado de resistência popular contra um invasor ou inimigo do povo pelo qual é hoje universalmente reconhecida.
Muitas vezes as emboscadas sobre o exército francês acabaram por motivar duras acções punitivas de vingança sobre as populações.
As Invasões Francesas também deixaram marcas no nosso concelho e estas estão particularmente ligadas à Arrifana por um episódio dramático e horroroso a 17 de Abril de 1809. Este ataque surge como consequência de uma emboscada montada em Riba-Ul e dirigida por um natural de Arrifana, em que perdeu a vida, entre outros, o oficial francês Lameth, sobrinho do general Soult.
“A população que oferece resistência ou ensaia a fuga é morta a tiro, à coronhada pelos sabres e baionetas dos soldados de Napoleão.”…
Uma grande parte da população procura refúgio no interior da igreja, que acaba por se revelar uma verdadeira ratoeira: os franceses obrigaram todos os homens válidos a saírem, seleccionando em seguida um em cada cinco (os “quintados”) que são de seguida fuzilados. São levados para o campo da Buciqueira, entre a Arrifana e S. João da Madeira, e de seguida fuzilados.
Segundo alguns relatos, terão morrido — entre homens, mulheres e crianças — perto de trezentas pessoas.
Lado a lado caem pais, filhos e irmãos, e, porque cinco dos infelizes sobreviveram ao fuzilamento, foram mortos posteriormente no lugar onde a guerrilha havia abatido o oficial francês Lameth e deixados, durante vários dias, pendurados de cabeça para baixo em cinco carvalhos que aí existiam.
No Largo da Guerra Peninsular situa-se o Monumento aos Mártires de Arrifana. Foi descerrado em 17 de Abril de 1914, na sequência do centenário daquele trágico acontecimento. Um obelisco granítico, com mais de oito metros de altura, inaugurado em 1914 e da autoria de Domingos Maia, um artista local.
Perto do Monumento situam-se as alminhas da Arrifana, datadas de 1822. No seu interior podemos ver retratada a cena do fuzilamento e ostenta a seguinte legenda: “PELAS ALMAS DOS NOSSOS IRMÃOS PATRICIOS/ QUE MORRERAM NESTE SITIO ARCABUSADOS PELOS FRANCESES NO ANO DE 1809 P.N.A.M.”.
O «Bicentenário das Invasões Francesas em Arrifana», Município de Santa Maria da Feira, foi assinalado em 2009 com exposições, recriações e a apresentação de um estudo sobre as Invasões Francesas.
Pesquisa realizada por: Rita Fallé, 6ºJ