Conhecer o Passado para entender o Presente

"Entrar na História" é o nome deste blogue. Pode significar abrir a porta e entrar no tempo que nos antecedeu. O tempo dos nossos avós... e dos avós dos nossos avós. De todos aqueles que construíram a terra onde vivemos.
Temos o dever de continuar a obra que nos deixaram, dando o nosso contributo para melhorar o que deve ser melhorado. Fazer da nossa terra um lugar mais agradável para viver.
Não se pode melhorar o presente se não o conhecermos. E para compreender o presente temos de conhecer o passado.
É o que este blogue te propõe: vamos investigar a história da nossa terra, para a conhecermos melhor.

Aproveitem!

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terça-feira, 18 de maio de 2010

D. Manuel II em Santa Maria da Feira




23 de Novembro de 1908

D. Manuel II esteve em Santa Maria da Feira na inauguração do “Vouguinha”

O troço entre Espinho e Oliveira de Azeméis foi inaugurado em 23 de Novembro de 1908, sendo considerado na altura um factor preponderante para a aproximação dos núcleos urbanos que englobam Oliveira de Azeméis, S. João da Madeira e Santa Maria da Feira.

Segundo o "Correio da Feira", de 28 de Novembro de 1908, "cerca de 20.000 pessoas acorreram à Vila da Feira para aplaudir El-Rei D. Manuel II, na inauguração do troço entre Espinho e Oliveira de Azeméis, da Linha do Vale do Vouga".

"Sua Majestade tinha saído de Espinho, sob um sol escaldante e cerca das 12:30 horas, depois de um almoço festivo no salão Nobre da Assembleia de Espinho", refere-se na "Monografia do Vale do Vouga", que cita o "Correio da Feira".

Atravessando ainda hoje paisagens únicas, do mar à serra, de Espinho e de Aveiro a Sernada do Vouga, a linha foi inaugurada por D. Manuel II durante a apoteótica viagem que fez ao Norte, pouco depois do regicídio.

Com a República, o comboio chegou a Viseu, em 1914, e foi durante décadas factor determinante da economia serrana, nomeadamente no escoamento do minério que era extraído em Sever do Vouga, no transporte de pessoas e no comércio de produtos de vária índole.

Nos finais do Estado Novo, o “Vouguinha” foi “condenado a circulação suspensa”, por crime de fogo posto: dizia-se que as suas máquinas, então a vapor, é que pegavam fogo à floresta.

O 25 de Abril trouxe o “poder popular” à rua e a linha foi parcialmente aberta, já sem o troço de Sernada a Viseu, valendo-lhe a conquista o epíteto de “comboio do povo”, mas de então para cá o seu encerramento foi várias vezes equacionado numa lógica pouco social de viabilidade.

Pesquisa de Luís Miguel Henriques, nº 12, 6ºF

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